Tradutor

quinta-feira, 2 de julho de 2015

62% da População brasileira, segundo FGV, acha o judiciário desonesto e 59% acha nada independente.

Assim como os políticos que perderam a credibilidade do povo brasileiro, a justiça cada vez mais segue na mesma direção.
Os dados apresentados pela FGV indicam um alto grau de rejeição da justiça pelo povo brasileiro.

Segundo o  ICJBrasil  Indice de Confiança na Justiça, que promove pesquisas em todo Brasil,  coordenado  por Luciana Gross Cunha e elaborado pela Faculdade de Direito da FGV, a “crise de confiança na Justiça” é mais aguda do que se possa imaginar. Os dados apresentados  correspondem à coleta realizada no segundo e no terceiro trimestres de 2014. Nos meses de abril a setembro de 2014, foram entrevistadas 3.300 pessoas distribuídas por sete Estados e o Distrito Federal: Amazonas (300), Bahia (400), Minas Gerais (600), Pernambuco (300), Rio de Janeiro (400), Rio Grande do Sul (300), São Paulo (700) e Distrito Federal (300).
Para 89% dos entrevistados o Judiciário é moroso, resolvendo os conflitos de forma lenta ou muito lentamente. Além disso, 77% disseram que os custos para acessar o Judiciário são altos ou muito altos e 66% dos entrevistados acreditam que o Judiciário é difícil ou muito difícil para utilizar. Outros dois problemas apontados pelos entrevistados são a falta de honestidade (62% dos entrevistados consideram o Judiciário nada ou pouco honesto) e a parcialidade (59% dos entrevistados acreditam que o Judiciário é nada ou pouco independente). A pesquisa aponta ainda que a  credibilidade do judiciário também está em baixa nos quesitos honestidade, imparcialidade e competência para solucionar os casos que são de sua alçada.
Feito de várias instancias, cada uma delas dotadas de autonomia administrativa e financeira, sem regras ou padrões  nacionais comuns para seu funcionamento, o judiciário é muito criticado pelo corporativismo que blinda a instituição.
Com forte pressão popular o Congresso Nacional recebeu a primeira proposta de reforma do Judiciário em 1992, quando já se questionava a falta de controle na instituição. Em 2004 através da Emenda Constitucional 45,foi criado O CNJ  Conselho Nacional de Justiça, tornado-se responsável pelo controle externo do Judiciário. A  Corregedoria Nacional de Justiça tem o poder de  correição e controle disciplinar, podendo investigar  e punir irregularidades e desvios de conduta praticados por membros do Judiciário, entre eles: tribunais e magistrados. Cercado de criticas o CNJ tem na sua composição uma proporção maior de membros do próprio Poder Judiciário: seis membros externos (dois representantes da OAB, um membro do Ministério Público estadual e um do Ministério Público Federal, e dois cidadãos indicados pelo Poder Legislativo) em um total de quinze conselheiros. Por ser maioria , muitos alegam que o controle exercido pelo órgão sequer pode ser considerado um controle verdadeiramente “externo”, pois todos estão ligados a magistratura.
O Poder Judiciário dispõe de 16.427 magistrados ativos. Em onze anos de atuação o CNJ  cadastrou  cerca de 55mil   reclamações disciplinares, 18.451 representações por excesso de prazo, 349 revisões disciplinares, 227 sindicâncias, 93 processos administrativos disciplinares, 46 magistrados foram aposentados compulsoriamente, 7 estão em disponibilidade, 6 estão em remoção compulsória, 9 censurados , 4 com advertência e 22 juízes afastados.

Nos últimos anos membros do judiciário vem ocupando de forma negativa a mídia nacional. Nas redes sociais existem páginas que denunciam a indignação do cidadão com a corrupção envolvendo magistrados.  Não podemos generalizar, na sua maioria, o Poder Judiciário  é constituído de magistrados retos, honestos que se vêem  ameaçados , quando sentenças serias , são desfeitas e procrastinadas em outras instancias.Nesse contexto, onde o descrédito na instituição é evidentemente constatado, só há uma maneira eficaz de sermos cobertos com o manto da lei: Denunciar,  que  significa colocar um grande faixo de luz a partir da enorme repercussão de tudo que se tem visto a respeito. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário